terça-feira, 9 de março de 2010

Crueldade

Ainda não sou mãe, mas ontem ao ver a reportagem da Judite de Sousa sobre aquelas duas mães que perderam os filhos, emocionei-me.
Aquela senhora de ar muito simples, que viu a escola roubar-lhe o seu filho, deixou-me angustiada.
No meu tempo também havia bullying, mas acho que não se comparava com a crueldade de hoje.
Imagino o que aquela criança teve de suportar... ao ponto de preferir terminar com a própria vida, do que continuar na escola.
Vêm agora responsabilizar os pais, por não terem denunciado o caso logo quando se aperceberam das primeiras agressões.
MAS ESTÁ TUDO DOIDO????
A mãe denunciou a situação ao director da escola. A maioria dos abusos foram dentro do recinto escolar. Caramba, quando uma mãe deixa um filho na escola, deixa com a convicção que ele estará seguro.
Onde estão os auxiliares, os professores, os psicólogos, os orientadores, os directores??
E como é possível agora tentar sacudir a água do capote e transferir culpabilidade para o lado da família...
Ai Sócrates, venham de lá as avaliações rigorosas a esta gente. São eles que guardam o bem mais precioso deste país... os nossos filhos.
Exijo responsabilidade.
Exijo competência.
Exijo segurança.
Exijo proximidade.

E não, não me estou a esquecer do papel dos pais neste processo. O papel de educar no sentido mais amplo do termo. Transmitir-lhe valores, códigos morais.
Exactamente como a mãe daquele menino fez...

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