quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Conversas

Há coisas que me esforço para entender, mas não consigo.
Hoje enquanto uma colega contava que a irmã tinha descoberto que o marido a traía, ouvi as coisas mais disparatadas possíveis.
Uma das colegas teceu logo grandes insultos à "amante". Que é sempre assim, que as gajas não podem ver o homem de outra que fazem logo mil ataques, etc...
A colega mais velha disse que tínhamos que aprender a fechar os olhos, que todos os homens são traidores natos, nós temos é que dar graças a Deus por eles voltarem para nós.
E outra questionou se o casamento não estaria a passar uma má fase e a traição ser uma consequência que facilmente poderá ser ultrapassada, se os dois se sentarem e conversarem.
Oh fuck!
Fiquei calada. Mas agoniada.
Se algum dia fui traída, o gajo foi esperto o suficiente para eu não descobrir.
Se algum dia souber que fui traída, estou-me nas tintas para a outra, para o facto de ele voltar para mim, ou se a relação está a passar por um conflito maior que o do médio oriente.
Acho que o que motiva uma traição é a falta de amor, de interesse e de respeito.
A traição é não querer lutar por uma relação. Desistir dela é sempre mais fácil.
E se há algo que certamente vou culpar, é o gajo!
Era isto que o meu cérebro gritava, enquanto ouvia coisas do tipo: "mas a gaja é portuguesa?".

2 comentários:

  1. Ainda há muita gente a deitar as culpas para cima da "outra" que, vai na volta, nem sabia que era "a outra"! Eu gosto pouco de dizer desta água não beberei, mas duvido que perdoasse uma traição.

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  2. Eu concordo contigo. E pelo feitiozinho que tenho, sei que caso perdoasse um traição, na primeira dicussão que tivesse, era logo essa lembrança a sair disparada da minha boca...

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