terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O meu Natal sem a Mariah Carey

Confesso que sou muito mais virada para o "Last Christmas" dos Wham, do que para a musiquinha da Mariah Carey, no qual a moça repete até à exaustão que tudo o que quer para o Natal é um moçoilo qualquer.
Este ano, foi o ano da Mariah.
Nas rádios, nos programas de televisão, nos supermercados, nos centros comerciais...
Mas eu, sou miúda para ser fiel ao olhar maquilhado do George Michael, até porque a "Last Christmas" ora me reporta à infância (por ser uma piquena na época em que a música surgiu), ora me faz lembrar alguns episódios... hum... como dizer... vá... de dor de corno que fazem parte do passado, mas ao mesmo tempo faz-me lembrar que hoje sou um mulher feliz.
Bem, posto isto, preciso de fazer uma confissão.
Nos dias 24 e 25, comi tantas, mas tantas azevias, que parecia que o mundo ia acabar. Uma alarve!
Sou louca por azevias de grão (as de batata doce também marcham!), é tipo droga, não consigo resistir e fico a ressacar a falta delas.
Toda a outra doçaria do natal, me passa ao lado (acho que não como bolo rei há uns bons 15 anos).

A noite de dia 24 foi mágica. (E o dia 25 não lhe ficou atrás!)
Família reunida, muita conversa, muita gargalhada, muita azevia... e os presentes!
Recebi o que pedi. Muitas cartas, muitas fotos, muitas declarações de amizade.
E o cuidado dos meus amigos em me oferecer um presente compostinho. Tão fofos!
Comovi-me com quase todas.
É fascinante saber o que os amigos guardam de nós. As histórias, os sentimentos, os desejos...
Emocionei-me particularmente com a carta da mãe do D.
Vinha numa caixa forrada com passagens do livro favorito do D. e do meu.
Na carta, contou-me que antes do D. morrer, ela passava longas horas à conversa com ele. Queria absorver tudo, para que as memórias nunca ficassem presas num episódio só. Contou-me que muitas vezes o tema da conversa era eu, ou a minha história de vida com o D.
Na carta ela disse-me o que achava de mim, e depois relatou aquilo que ficou a conhecer de mim pelo D.
Acreditem que viajei no tempo, e consegui entrar em cada história que ela relatou, ao ponto de ouvir a gargalhada do D. Foi mágico. Tal como se quer que o Natal seja.
Agora tenho uma pilha de papel e de fotos para compor!
Tenho a ideia meia tonta de fazer um álbum/livro e deixá-lo de herança.
Vai dar muito trabalhinho, mas vai valer a pena!
E o vosso Natal?
Pra engorda, não é?
Well... welcome to the club!

5 comentários:

  1. Já foi um bom Natal, agora desejo-te Bom Ano Novo - com azevias de grão, claro!

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  2. Obrigada minha querida! Só por causa disso, mereces uma beijoca repenicada, igual áquelas que as amigas das nossas avós nos davam, enquanto nos apertavam as bochechas.
    Um fantástico ano para ti também!

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  3. Acho que no próximo ano vou copiar essa tua ideia. Mas até tenho medo do que algumas pessoas possam dizer...

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  4. Ahahah! Pois eu também pensei nisso, principalmente alguém relatar algum episódio menos simpático da minha vidinha. Mas depois pensei que espisódios menos bons todos temos, má figura todos já fizemos, e que vidas perfeitinhas não encaixam em ninguém. No fim, acabei por ser surpreendida sempre na positiva.
    Olha que não te vais arrepender! Trust me!

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  5. O que eu entendo... A.d.o.r.o. o Last Christmas, fazer o quê?

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